As alunas do CDB Ramyres Coelho, da 6a. B e Beatriz Novaes, do 2o. ano Médio, foram detacadas em reportagem de ontem do Jornal do Commercio sobre atletas da região. Leia-a na íntegra:
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Eles são a bola da vez
Publicado em 06.09.2010
Crianças e adolescentes de Petrolina se destacam no País e no exterior em várias modalidades
Mirrail Menezes
Especial para o JC-Vale
Eles podem parecer jovens e inexperientes, mas chamam a atenção de muita gente da região e até de outros países. Com uma coleção de troféus e títulos invejáveis a qualquer atleta, os campeões mirins de Petrolina já viajaram para longe para representar o Vale em torneios estaduais, nacionais e internacionais.
São crianças e adolescentes comuns, mas que precisam exercitar muito a disciplina para conciliar tempo de estudo, lazer, convivência com a família e o treino esportivo. O sonho de se tornarem atletas profissionais reconhecidos é o que os motiva a ir em frente e não desistir nas primeiras dificuldades.
Um desses talentos é a enxadrista Ramyres Santana Coelho, 12 anos. São 52 títulos no currículo desta pequena atleta que começou a jogar xadrez na escola, com 6 anos de idade. O esporte no início era só diversão e um meio de estimular o raciocínio. A coisa começou a ficar mais séria quando Ramyres, em 2007, foi campeã nos Jogos Escolares do Nordeste em João Pessoa (PB). Em 2008 ela foi para o Vietnã participar do Mundial da Juventude, onde se destacou como a melhor brasileira da competição. “Ficamos com o coração apertado, porque ela viajou para muito longe e não pudemos acompanhá-la. Mas foi um grande orgulho para nós”, relembra o pai, Raimundo Coelho, que agora pensa na próxima viagem da filha, em outubro deste ano para o Mundial Geral de Xadrez, na Grécia.
“Para mim o xadrez nunca deixou de ser também uma diversão. O jogo me dá muita adrenalina”, revela Ramyres. E os estudos não ficam de lado. Para continuar ganhando nas competições e tirar boas notas, a atleta é fiel a uma rotina puxada. “De manhã eu vou para o colégio, à tarde eu faço as atividades escolares e vou para o curso de inglês. Mas sempre tem que sobrar tempo para estudar xadrez durante duas horas por dia”, conta. E tanto compromisso já trouxe um certo reconhecimento para Ramyres. Hoje ela é bolsista na escola onde estuda, por causa do seu desempenho no xadrez. A enxadrista possui um blog (www.ramyrescoelho.blogspot.com) onde divulga as novidades da carreira.
José Victor Iamauti, 13, é outro pequeno campeão. O adolescente joga tênis desde os 5 anos, quando começou a acompanhar o pai, tenista por hobby. Chegou a ser número 1 do ranking pernambucano de tênis, na categoria de 12 e de 14 anos, estando hoje entre os 15 melhores do País no jogo de duplas. Com dificuldade para treinar com meninos de sua idade em Petrolina, ele joga com os adultos. No último torneio 1ª Classe de Adultos da cidade, deixaram o jovem participar. O resultado? “Ganhei de todo mundo! Meu sonho é ser profissional, por isso me esforço muito. Muitas vezes eu deixo de sair com os amigos para treinar, mas eu escolhi isso e vou em frente”, relata José Victor, que tem no tenista Gustavo Kuerten, o Guga, uma referência de jogador.
No handebol, outra estrela mirim de Petrolina. É a estudante Beatriz Novaes, 15. Depois de participar de vários torneios nacionais e regionais, neste ano ela viajou para Moçambique (África), onde representou o Brasil no Campeonato de Handebol para Países de Língua Portuguesa.
Sendo a única petrolinense a participar da competição, onde foi vice-campeã junto com um time do Recife, Beatriz considera o apoio dado pela família uma força essencial para continuar vencendo nas competições. “Na minha família ninguém é muito ligado ao esporte. Mas eles me apoiam muito. Meu maior desejo hoje é um dia fazer parte da Seleção Brasileira de Handebol”, diz.
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